quinta-feira, 7 de março de 2013

Concentração

Concentração é o ato pelo qual fechamos as portas da mente ao exterior e orientamos nossa atividade interiormente para determinado objeto ou interesse.

Ela é muito importante no trabalho mediúnico [e em qualquer atividade cotidiana que exige atenção e foco], para alcançar a comunhão com o plano espiritual, individual e coletivamente.

Para uma boa concentração

Uma boa concentração não se improvisa, pois é o resultado do pensamento e da vontade bem exercitados no dia-a-dia.

Para chegar a um bom nível de concentração é recomendável:

CONSTANTEMENTE (DIA-A-DIA): cultivar bons hábitos, leituras e diversões sadias (evitar leituras, filmes, programas de televisão e atividades sociais de teor negativo, isto é, fúteis, violentos, imorais, deprimentes). Procurar tudo o que favoreça a elevação da mente; exercitar os bons sentimentos;

NO DIA DOS TRABALHOS: desde o levantar-se, pela manhã, utilizar-se da prece; ter em mente o trabalho espiritual do qual irá participar mais tarde e a importância deste compromisso; evitar emoções violentas, atritos, contrariedades e discussões que levem à exaltação do ânimo (para tanto, exercitar a paciência e a humildade). Fugir ao que possa levar à tensão, procurar manter o equilíbrio físico e mental. Alimentar-se frugalmente (alimentação leve), para não sobrecarregar o físico [porque o seu cérebro, e você, consequentemente, não poderá focar-se e manter-se totalmente ligado nos trabalhos se o seu organismo tiver que dedicar suas atividades e sua energia na digestão e desintoxicação de alimentos e bebidas inadequadas que foram ingeridas ao longo do dia]. Não tomar bebidas alcoólicas nem fumar (por razões óbvias);

NA HORA DO TRABALHO:  

  • Quanto ao físico - estar higienizado e vestido com sobriedade (roupas e calçados que não apertem, e seguindo demais instruções da casa), evitar perfumes fortes (de maneira a não incomodar os outros); Manter posição corporal cômoda e relaxada, sem contrair a musculatura, respirando calmamente, além de colocar-se de maneira respeitosa, sem apoiar-se nas paredes, com as mãos ou pés. Evitar mexer-se muito, bocejar (e demais ruídos e exalações orgânicas que podem e devem ser controlados e disciplinados pelo médium), e, principalmente, evitar conversações, risadas demasiadas e demais ruídos que possam incomodar os demais participantes. Tudo isso tem como objetivo facilitar o bem-estar físico e social do ambiente, e nunca, o desalinho das atitudes e o relaxamento das boas maneiras; 
  • Quanto ao psíquico - abstrair-se dos estímulos exteriores (sons, luz, movimentos); serenar o íntimo, colocando de lado as preocupações pessoais (durante o período em que perdure o trabalho); sentir-se fraterno e solidário com os demais participantes; focalizar os objetivos do trabalho que está sendo realizado (pensar na seriedade e na responsabilidade do que ali está ocorrendo e ativar, abrindo-se, voluntariamente, para o intercâmbio mediúnico) e sempre lembrar-se de que o objetivo do trabalho é o de aprender e servir, socorrer e ser socorrido, dentro das Leis Divinas; Manter-se sempre em clima de prece e buscando a sintonia com os Guias e Mentores de Luz
FORMANDO A CORRENTE

Com a concentração, pouco a pouco, acalmam-se as inquietudes e as agitações e passam a ser liberados os "fluidos" e "energias positivas", que as mentes dos encarnados (corrente mediúnica) e desencarnados (corrente astral), trabalham, e conduzem num único sentido.

Quando esta conjugação atinge o nível necessário, estabelece-se a ligação entre "o Céu e a Terra", num sublime fluxo de energias fluídicas.

O intercâmbio mediúnico se faz, ensejando, a encarnados e desencarnados o conforto e o esclarecimento, o despertar e a renovação, o dar e o receber.

A esse processo de ligação espiritual é que popularmente se chama de "formação da corrente". Ela não depende [essencialmente] de fórmulas, rituais, vestes especiais ou lugares determinados. Somente quanto esta se faz é que realmente os trabalhos foram "abertos", pois somente então se inicia a comunhão harmoniosa entre os dois planos.

Quem estiver em concentração, oração e doação, tornar-se-á um elo vivo na corrente espiritual formada. Quem se alhear, refratário e improdutivo, dela não participará, embora se encontre no recinto e por ela seja influenciado.

MANTENDO A VIBRAÇÃO

Abertos os trabalhos, o ambiente fluídico (a corrente espiritual) precisará ser mantido e sustentado em todo o decorrer do trabalho.

Para tanto, cada participante deve:
- Cuidar para sempre estar concentrado nos objetivos do trabalho;
- Orar e doar vibrações, quer em favor dos companheiros do grupo, quer em apoio ao trabalho dos Bons Espíritos, Guias e Mentores de Luz, quer em socorro a pessoas ou entidades espirituais necessitadas.

Para isso, um bom meio é:
- Mentalizar todos aqueles ligados ao trabalho espiritual, encarnados ou desencarnados, endereçando-lhes pensamentos bons e envolvendo-lhes em sentimentos fraternos;
- Ficar meditando em tudo o que é bom e digno diante de Deus (caridade, fé, esperança, alegria, resignação, compaixão, etc) e, assim, emanar forças fluídicas benéficas que os Mentores de Luz utilizarão em favor do bem geral;

Concentrar-se e manter a vibração normalmente não cansa, porque produz um estado de alma elevado, no qual recebemos permuta de fluidos superiores pelos que emitimos e podemos ir variando o tema das nossas vibrações e mentalizações. 

Variar o pensamento, transitando por temas coerentes com as finalidades do trabalho, é uma maneira de manter a vibração contante e potencializada, pois é muito difícil permanecermos focados num mesmo pensamento e/ou imagem por muito tempo, o que acabaria nos desgastando.

Se estamos sentido cansaço demasiado (além daquele provindo do esforço natural de se manter em pé, dançar, movimentar-se, etc) é porque está havendo alguma falha, de nossa parte, em nosso modo de concentrar e vibrar (podemos estar tensos, aflitos, ansiosos, etc) ou então, o ambiente estará sofrendo grandes interferências contrárias, o que na maioria das vezes não é o caso.


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