sábado, 4 de maio de 2013

Os Orixás nos Ensinos de Jesus - Iansã


(trecho de capítulo da obra Umbanda Pé no Chão, autor Norberto Peixoto) 
Jesus e os Ensinamentos dos Orixás contidos nos Evangelhos


IANSÃ é o movimento, a necessidade de mudança, de deslocamento. Representa a rapidez no raciocínio [no pensar coerentemente], o raio, a coragem, a lealdade e a franqueza. Higieniza os pensamentos; atua nos campos santos, em auxilio aos desencarnados, e no despertar da consciência. Está ligada a orientação e a educação. Representa a luta contra as injustiças. Sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas. Atua junto com Xangô na Justiça, na aplicação da Lei Cósmica.

Quando o Mestre Jesus referiu-Se aos que estavam dispostos a apedrejar uma mulher adúltera em praça pública, dizendo-lhes: “Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”, todos foram saindo em silêncio e O deixaram a sós com ela. Então, olhou-a bem no fundo de seus olhos e disse: “[Nem Eu também te condeno] Vá e não peques mais para que não te aconteça algo pior”. Neste momento, o Mestre manifestou novamente o “não-julgar”, a reflexão, a oportunidade de recomeçar e a necessidade de mudar de atitudes, para poder prosseguir na caminhada evolutiva.

Em outra passagem do Evangelho, diz Jesus: “Não vim trazer a paz, mas a espada [no sentido de divisão]. Vim para lançar fogo à Terra; e o que é que desejo senão que ele se acenda?”. Essa é uma atuação clássica da energia de Iansã, simbolizada no raio, como força da natureza. A idéia nova de Jesus encontrou resistência, incompreensão; trouxe à luz as verdades divinas sobre o reino dos céus, e incomodou a crença materialista de Sua época, que submetia seu povo à violência e abusos das mais variadas ordens.

Quando “imolaram O Homem” no martírio da cruz, pensaram que haviam resolvido a questão, mas a idéia de Jesus permanece até hoje. Seu chamado continua sendo A Boa Nova [Evangelho significada “Boa Nova”], a conquista do espírito sobre a matéria, a liberdade do ser, e não a escravidão do ter, a comunhão com o Criador, irradiando amor incondicional sobre todas as criaturas e a natureza. Ela nos instrui sobre as dificuldades dentro da própria família, as incompreensões por estarmos reunidos na carne, mas com etapas evolutivas diferentes, não partilhando da mesma crença.

Iansã é o fogo, posto que a mediunidade é um fogo sagrado, um “dom” que nos foi ofertado por Deus para corrigir nossas imperfeições e nos ensinar a amar e a servir com humildade. É o fogo da Criação, a capacidade de superar-se, porque as leis cósmicas não permitem estagnação por muito tempo: exigem a nossa evolução, ou seja, o potencial divino que habita cada ser necessita ser externado como chama viva, e não vibrar como brasa que não é alimentada, ou fagulha que se apaga. Por isso, temos o livre-arbítrio para escolher entre o servir e amar, ou simplesmente ser uma criatura acomodada e ociosa. A escolha é inteiramente nossa, e a responsabilidade também. A pressa de que o fogo se acenda é para que haja a transformação do homem, para que cessem as guerras e as divisões internas e externas, visto que a paz nasce dentro do coração do ser.

E segue Jesus, no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os pobres e os aflitos...”; “Bem-aventurados os pacíficos e os simples de coração...”; “Bem-aventurados os sedentos de justiça e de misericórdia..”. É o despertar do homem de bem.

2 comentários:

  1. Acho muito bonito e inteligente seu site. Guardo ele a muito tempo. Só não concordo com o titulo "Umbanda Branca", pra mim não existe outra cor, Umbanda é Umbanda, os outros codinomes são ideias dos homens para querer ser diferentes.

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  2. Peço licença para divulgar um dos meus 4 livros Espiritas. Site: https://www.clubedeautores.com.br/authors/52149
    Agradeço atenção
    Paulo Baptista

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