terça-feira, 30 de abril de 2013

Os Orixás nos Ensinos de Jesus - Oxum

(trecho de capítulo da obra Umbanda Pé no Chão, autor Norberto Peixoto) 

Jesus e os Ensinamentos dos Orixás contidos nos Evangelhos

Maria de Nazaré [Oxum], mãe de Jesus, foi o grande exemplo de fé e de entrega absoluta à vontade do Pai. Ela amou tanto o seu filho único que jamais O impediu de cumprir Sua missão; pelo contrário, O guiou com seu amor e sofreu com Ele o martírio infamante da cruz. Em retribuição a esse amor, Jesus deixou a João, o Evangelista, Seu discípulo mais amoroso, a incumbência de substituí-Lo nos cuidados com Maria.

OXUM é o amor-doação, o equilíbrio emocional, a misericórdia e a compaixão. Mãe das águas doces, Oxum possui uma força de penetração fora do comum na natureza humana: é a “psicóloga” nata. Corresponde à nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, complacência e reprodução (não necessariamente reproduzir no sentido físico, mas no emocional que liga a mãe ao rebento vindouro). O amor-doação de Oxum é aquele que faz a caridade ao próximo, que agasalha, alimenta e reconforta.

[No Evangelho de Mateus (11:28-30)] Jesus, o psicólogo das almas, diz: “Vinde a mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos aliviarei, porque o Meu fardo é leve e Meu jugo é suave”. Em Mateus: 25, volta a dizer: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí o Reino que vos está preparado desde o princípio, porque eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e de destes de beber; andava estranho e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estava doente, e me visitastes; estava preso e me viestes ver”. E ao ser abordado pelos justos: “Quando foi, Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente e preso, e te acudimos?”, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim é que o fizestes!”.

Portanto, o Cristo interno não despertará em nós, se não ajudarmos a despertar externamente o Cristo no próximo. Essa é a grande Lei da Polaridade Cósmica. São Francisco, Gandhi, Chico Xavier, e tantos outros, encontrando o Cristo nos outros, encontraram-no em si próprios.

Esta é a máxima da caridade: auxiliar e servir aos necessitados, porque só assim estaremos realizando a caridade em nós mesmos. Conforme disse São Francisco de Assis: “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado”.

Há mais felicidade em dar do que em receber. O beneficiado recebe o bem que faço, mas o benfeitor se torna bom pelo bem que faz, e antes de realizar qualquer bem no outro, ele o realiza em si mesmo. O amor se manifesta por meio da caridade; sendo assim, o meu amor cresce com a minha caridade.

São Francisco beijou as chagas fétidas de um leproso, escolheu o sofrido e ínfimo irmão de Jesus e, nesse momento, realizou em si o nascimento de Cristo, rompendo a rigidez que o separava de sua verdadeira auto-realização. Ao romper com o ego humano, exultou o Eu Divino.

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