sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Chacras, Espiritualidade e Mediunidade

Chacra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos espirituais do homem; também são chamados lótus ou rodas.

Quando eles estão inativos assemelham-se a rodas; quando despertam, eles tomam a aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, colorida pela freqüência da energia das pétalas.

CHACRAS MAIORES - Os chacras maiores são em número de sete:

Denominação:

1. Centro básico ou fundamental (relacionado a base da coluna, no cóccix)
2. Centro sacro ou sexual (
 ou genésico, relacionado aos órgãos genitais)
3. Centro solar ou umbilical (relacionado ao gástrico)
4. Centro cardíaco (relacionado ao coração)
5. Centro laríngeo (relacionado a região da garganta)
6. Centro frontal ou cerebral (relacionado a região da fronte, entre os dois olhos)
7. Centro coronário (alto da cabeça, a chamada coroa)


*Fora esses, há dois chacras conhecidos, mas que fogem do conhecimento Hindú, são:
- Centro esplênico (relacionado ao baço)
- Centro umeral (relacionado a região dorsal, as costas)

LOCALIZAÇÃO DOS CHACRAS

Os centros se acham situados nos vários corpos espirituais. Temos, assim, centros etéricos, astrais, etc. Leadbeater faz sempre referência aos etéricos, mencionando, no entanto, os astrais (op.
cit., cap. IV). Satyananda estuda-os no corpo astral, do mesmo modo que o espírito André Luiz. Estas diferenças devem ser levadas em conta, porque uns são construídos com matéria etérica e outros com matéria astral, etc..

Os chakras etéricos estão situados na superfície do duplo etérico (a cerca de seis milímetros da superfície do corpo físico). Os centros astrais estão geralmente situados no interior do corpo astral (Powell e Leadbeater).

Os chakras etéricos transferem para o físico as quantidades inerentes aos chakras astrais. Por outro lado, determinados fatos físicos repercutem pelos chakras etéricos até os chakras astrais, alterando-os, de modo que, numa próxima encarnação, esta alteração se expressará em forma de desequilíbrio ou enfermidade. As viciações mentais provocam também graves alterações nos centros de força.

INFLUENCIAÇÃO RECÍPROCA DOS CHACRAS - Destaca Pierre Weil que os chakras não estão isolados uns dos outros; eles mantêm uma influenciação recíproca.

CENTROS DE CONSCIÊNCIA - Os chakras não são simples centros energéticos, mas também centros de consciência. A esse respeito, esclarece Anagarika Govinda: "Enquanto que, de acordo com as concepções ocidentais, o cérebro é a sede exclusiva da consciência, a experiência yogue mostra que nossa consciência cerebral é apenas "uma" entre muitas formas possíveis de consciência, e que esta, de acordo com suas funções e natureza, pode ser localizada ou centralizada em vários órgãos do corpo. Estes "órgãos" que coletam, transformam e distribuem as forças que fluem através deles são chamados de chakras ou centros de força. Deles irradiam correntes secundárias de força psíquica, comparáveis aos raios de uma roda, às varetas de um guarda-chuva, ou às pétalas de um lótus" (op. cit., p. 145).

Depois de destacar que os chakras são pontos nos quais as forças psíquicas do corpo se interpenetram, situando-se a sede da alma nos pontos em que o mundo exterior e interior se encontram, conclui: "Por isso, podemos dizer que cada centro psíquico nos quais nos tornamos cônscios desta penetração espiritual torna-se a sede da alma, e que pela ativação ou despertar das atividades dos vários centros nós espiritualizamos e transformamos nosso corpo" (idem p. 145/146).

Jung considera-os também centros de consciência: "uma espécie de graduação de consciência que vai desde a região do períneo até o topo da cabeça" (Fundamentos de Psicologia Analítica, Vozes, 1972, p. 26).

CHACRAS E MEDIUNIDADE - A comunicação mediúnica se opera com o auxílio dos chakras, e quanto maior o número de chakras envolvidos na ligação, maior a sua perfeição. Quando esta ligação não se faz como seria de desejar, a comunicação se dará através de comunhão mental, reduzida ao mínimo a influência sobre os centros neuropsíquicos. André Luiz destaca a atuação a atuação dos centros na comunicação mediúnica, em se referindo, no livro No Mundo Maior (FEB), à mediunidade de Eulália, médium em desenvolvimento: “No entanto, o nosso antigo médico não encontra em sua organização psicofísica elementos afins perfeitos: nossa colaboração não se liga a ele através de todos os seus centros perispirituais; não é capaz de elevar-se à mesma freqüência de vibração em que se acha o comunicante; não possui suficiente "espaço interior" para comungar-lhe as idéias e os conhecimentos; não lhe absorve o entusiasmo total pela Ciência, por ainda não trazer de outras existências, nem haver construído, na experiência atual, as necessárias teclas evolucionárias, que só o trabalho sentido e vivido lhe pode conferir.” (palavras do espírito Calderaro).

OS CHACRAS TORNARAM-SE CONHECIDOS PELA CLARIVIDÊNCIA - As visões são sempre filtradas através do vidente, e cada vidente, além do seu ângulo personalíssimo de "ver", de conceber o mundo, é também o produto de uma determinada cultura e de seu determinado momento histórico. O que se vê objetivamente passa pelo crivo da subjetividade do vidente. Acrescente-se a isto a interpretação do objeto, isto é, da visão, exatamente a parte mais difícil, porque aí se torna necessário distinguir fatos observados e projeções mentais de encarnados ou desencarnados captáveis pelo médium.

CHACRA BÁSICO - é responsável pela força e vida das glândulas suprarenais, localizadas na parte superior de cada rim, na altura da primeira vértebra lombar, as quais segregam importantes hormônios: a córtico-suprarenal segrega adosterona, o cortisol e andrógenos; a medula supra-renal segrega a adrenalina.

CHACRA ESPLÊNICO – segundo André Luiz, regula “a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos [...]” (Entre a Terra e o Céu, p. 128), “[...] determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo” (Evolução em Dois Mundos, p. 27).

CHACRA SACRO (GENÉSICO) - Segundo Coquet, “sua função é a conversação da vitalidade que anima e sustenta o corpo físico, com os diferentes órgãos de assimilação. Este centro afeta, sobretudo, os órgãos genitais ou gônadas, que são a exteriorização física” (op. cit., p. 67). André Luiz destaca o fato de que o descontrole do centro genésico impede o espírito de uma visão mais ampla da realidade, mesmo em prejuízo da própria pessoa que só enxerga o parceiro sexual, “em vista do apego enlouquecedor aos vínculos do sexo”. (Entre a Terra e o Céu, p.27), perturbações estas que acabam por eclipsar as qualidades morais já conquistadas.

CHACRA SOLAR (GÁSTRICO) - Este centro se “responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização.” (André Luiz, op. cit., p. 120.; Evolução em Dois Mundos, p. 27).

CHACRA CARDÍACO - André Luiz indica-o como centro da emoção e do equilíbrio geral (Entre a Terra e o Céu, p. 128), dirigindo a circulação das forças de base (Evolução em dois Mundos, p. 27).

CHACRA LARÍNGEO - tem a função de purificar o corpo, eliminando os venenos provenientes do exterior. A glândula tireóide, que corresponde ao centro laríngeo, tem uma função antitóxica. Além disto, a consciência criadora reside neste centro. É, segundo Aurobindo, “a mente física, a consciência externalizadora expressiva” (op. cit., p. 203). O centro laríngeo é o responsável pela recepção das ondas telepáticas. Dali são transmitidas a outros centros.

CHACRA UMERAL - atua nas relações que se estabelecem entre nos encarnados e o auxílio do Plano Espiritual. Quando este centro, está bloqueado, sentimos aquele peso nas costas, aquela sensação de estarmos carregando o mundo. Daí importância do auto cuidado; como utilização das preces, banhos de ervas, aplicação de Passes.

CHACRA FRONTAL - sua principal função estaria em desenvolver, no homem, uma verdadeira personalidade, um “ser interior”, resultado das encarnações anteriores e de milhares de experiências. Conhecido como ”O centro cerebral”, ensina André Luiz, “se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e impressões do mundo sensório.” (Evolução em dois Mundos, FEB, p. 99; vide também p.125). É também o chacra responsável pela mediunidade de clarividência.

CHACRA CORONÁRIO - A aura colocada sobre a cabeça dos santos corresponde a luminosidade irradiada deste centro de iluminação. É o mais luminoso dos chacras. Leadbeater descreve-o como possuidor de indescritíveis efeitos cromáticos, parecendo conter todos os matizes do espectro, embora seja o violeta a cor predominante; a parte central é de um branco fulgurante com um núcleo cor de ouro. Não está relacionado com nenhum plexo e sim com a glândula pineal. André Luiz assinala como sua função, a assimilação dos estímulos do Mundo Espiritual Superior, a orientação da forma, do movimento e da estabilidade do metabolismo orgânico e da vida consciencial dos espíritos encarnados ou desencarnados, supervisionando, além disso, os outros centros que lhe obedecem ao impulso, procedente do espírito, porque ali se encontra exatamente o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas (conf. Evolução em dois Mundos,
p.p. 26127).

Em relação com as faculdades paranormais, podemos relacionar os Chacras da seguinte forma:

CHACRA BÁSICO – confere comando sobre a energia da matéria, a levitação e a telecinesia (movimentar objetos a distância), a exteriorização de ectoplasma (para fenômenos de materialização), assim como vidências sobre o passado e o futuro;

CHACRA SACRO – comanda as expressões da mente no domínio da energia sutil da água. Também tem papel e influência nos fenômenos de efeitos físicos (materialização, levitação, telecinesia, etc);

CHACRA SOLAR – comanda as expressões da mente no que se refere ao comando das sensações do corpo. Diminuição até a perda da sensibilidade corporal, no estado de transe, possibilitando que o sensitivo adote posturas fixas e incomuns ao seu habitual por longo período de tempo (como yogues que ficam anos com as mãos para o alto, médiuns que atuam curvados por horas a fio, etc).

CHACRA CARDÍACO – possibilita conhecer o pensamento, a intenção e o sentimento do outro. Também relaciona-se com a faculdade de projeção da consciência que faculta o conhecimento de fatos e ocorrências além do tempo e do espaço.

CHACRA UMERAL – possibilita o enlace espiritual por parte de entidades espirituais especificamente para fenômenos de psicografia, pictografia e operações espirituais nos trabalhos de cura (que envolvam ou não incisão)

CHACRA LARÍNGEO – relaciona-se a possibilidade da comunicação espiritual pela voz, além da mediunidade de clariaudiência e a recepção de transmissões telepáticas de encarnados e desencarnados. Desenvolve a memória psíquica e espiritual, além da faculdade da profecia.

CHACRA FRONTAL – relaciona-se com a vidência e, especificamente, a clarividência. É a janela aberta para o mundo espiritual e suas diversas manifestações (desde a percepção de cores, luminescências e quadros mentais, até a visão detalhada de seres espirituais, paisagens e cenários do Além). Sua ativação e comando conscientes significa um dos últimos estágios de desenvolvimento espiritual factível de ser alcançado por um ser humano.

CHACRA CORONÁRIO – além de ser o canal de ligação entre o espírito e a Luz Divina, a sua ativação e comando conscientes confere ao indivíduo a totalidade de todas as outras faculdades já relatadas. Confere ao Ser a compreensão integral da realidade existencial e, por consequência, faculta que este deixe o corpo material sob a mais absoluta consciência. Evidentemente, raríssimos seres que já encarnaram nesse planeta, foram capazes de consegui-lo.

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