segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Discernimento

“Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da educação.

Não somente ajudar, mas também discernir.

Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto, atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça não é simples ornamento do corpo.

Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo ao pêndulo e ao mostrador no relógio. O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem outro.

Tornemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto.

Operário relapso não encontra chefe nobre.

Escrevente inculto não se laureia em provas de competência.

Enfermeiro bisonho complica a assistência médica.

Aluno vadio é problema para o professor.

Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.

Tarefa mediúnica, sustentada através do tempo não brota da personalidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.

A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer [...]”

(Emmanuel / Chico Xavier – Seara dos Médiuns)

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